Creio que este blogue pretende ser um
“ponto de encontro” de todos os que, por um maior ou menor período de tempo,
passaram pela Universidade da Beira Interior, um blogue onde se partilhe
experiências e momentos, histórias e peripécias, sem “filtros” sem “ambições”
sem “hierarquias”.
Assim sendo, permitam-me
manifestar o meu incómodo, num blogue anterior, institucionalmente inserido num
projecto “político” da Academia e, pelos vistos, de um ou outro membro, quando,
muitos dos textos serviram de manifestação de episódios, não apenas académicos
mas, mais ilustrativos da capacidade pedagógica e, eventualmente técnica, da
UBI de então, da UBI dos 80’s e que, no meu entender, mais que promover, mais
que dignificar, só servem de demonstração das lacunas de então que, acredito,
com o tempo, no decurso dos 34 anos passados, foram identificadas, corrigidas,
ultrapassadas e, gosto de acreditar, elevaram a UBI a uma Academia de
excelência e qualidade.
Porém, um comentário, no grupo
“UBI 80’s”, do facebook, de autoria do “Vice-Dean”, nome “pomposo” mas que,
creio, português, significará “Vice-Reitor”, Nuno Garcia, face a uma
situação de “divisão” ocorrida, no blogue “Rota Ubiana”, onde escreve:
Para perceber, é preciso conhecer as
pessoas...
Um abraço a todos, em especial aos que não desistem, que não insultam, e que nunca deixaram de ter as mangas arregaçadas e os braços prontos para trabalhar :)
Um abraço a todos, em especial aos que não desistem, que não insultam, e que nunca deixaram de ter as mangas arregaçadas e os braços prontos para trabalhar :)
Trouxe-me de novo á realidade,
a algo, em 2020, tão similar a outras situações, de há mais de 30 anos.
De facto, até acredito que,
algures, nos inícios da UBI, Nuno Garcia, connosco se tenha cruzado, connosco
tenha privado mas, sinceramente, não o recordo, como recordo cada um e todos os
académicos, alunos e não-alunos, que colaboraram na construção da UBI, da
Academia, porém, tal não será importante, importante será, isso sim, a este,
acredito brilhante académico, o conhecimento que terá do percurso de cada um e
de todos os alunos e ex-alunos que lhe permitirá, ajuizar das suas capacidade
de luta, de arregaçar as mangas, de realizar esforço braçal.
Pessoalmente, dele, nenhuma
informação possuo…
Nada de relevante conheço …
Tal lacuna, não será
importante, acredito, até porque dele, não mais irei falar …
Já quanto ao insulto, não
entendo a que se refere, eventualmente, confundirá, o que me custa acreditar, enquanto
académico brilhante e estudioso dedicado, á afirmação da diferença, ao direito
á crítica, á independência no discurso, á expressão livre de “lápis azul”, ao
universalismo livre de barreiras, enfim, á verdade sem reservas, sem “favores”.
Enfim, lamento …
Como disse, em outro texto,
público também, parti na primeira oportunidade, parti levando a formação, o
conhecimento que a UBI me forneceu, num tempo onde, “bullying”, “excesso de
autoridade”, “incompetência”, ”chantagem”, “segregação” existiam, na sua forma
que não na sua vertente mediática, sem dúvida, nunca esquecerei a sua
relevância mas, também, o imenso esforço pessoal, em trilhar um caminho, como
muitos de nós, um caminho que antes, ninguém havia realizado.
Claro que tenho orgulho nesse
percurso, claro que tenho orgulho na Academia mas, como disse, também, não mais
voltei, não mais regressei pois, o mínimo que se exigirá, a quem nos ensina, a
quem nos faz lutar, é um exemplo, é um compromisso similar e, por isso, vêr uma
Academia que, na mensagem e no trabalho do mestre, se pretendia inovadora, se
pretendia pioneira, se pretendia exemplar, ir-se acomodando, ficar refém do “faz
o que eu digo e não o que faço”, magoou e desiludiu-me.
Enfim, também aqui, lamento …
Nunca tive tal oportunidade, a
oportunidade de, junto do Prof. Fiadeiro, conhecer as razões de “saída” da
academia, daquela academia que era a “sua” casa, e a opção pelo mundo Industrial,
empresarial, por um lado porque, desde sempre, nunca negou que os objectivos da
Engenharia que leccionava, respeitava os princípios de “hans-on”, de acção
industrial, da prática mas, suspeito, a sua opção, se deveu a um
sentimento semelhante, de desilusão com o caminho, de falta de identificação
com o futuro …
Esperemos que, mais á frente,
alguém “arrepie” caminho, alguém assuma e respeite, os objectivos que
estiveram na criacção da Academia, da UBI e, por fim, respeite a história.
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