Um dia bem cedo, algures no ano lectivo de 84/85, caminhava eu sozinha nesta rua em direcção ao IUBI, para a primeira aula da manhã, quando oiço alguém que trabalhava no jardim do lado direito (após passar o arco nesta imagem), dizer:
Quem me dera ser Hera
E pelas paredes subir,
Para ir à janela do teu quarto
E te ver dormir.
Ainda olhei em volta, a ver a quem se dirigiam aquelas palavras, quando percebi que estava completamente só e o jovem as dizia para mim.
Desviei os olhos envergonhada (vá-se lá saber porquê…) e apressei o passo o mais que pude. Mas nunca esqueci a quadra, nem o (insólito) acontecimento.
6 comentários:
Já viste, São?!...
a sorte do bardo é que na altura o piropo ainda não era criminalizado, eh,eh,eh...
Bjs
Gondri,
Mesmo que fosse criminalizado, ou que fosse actualmente, não havia razão para apresentar queixa de um piropo tão simpático. Fiquei "envergonhada"/meia-sem-jeito (como se diz em terras de Sta. Cruz), porque fui apanhada de surpresa :-)
Mas gostei, é claro! Por isso ficou na memória para sempre como um "doce" acontecimento. :-)
Bjs
O bardo era o Gondry?
António Rocha,
Se era estava disfarçado de jardineiro :-)
Mas confesso que não olhei o suficiente para o poder reconhecer :-)
tb andei por esses caminhos e tenho muita saudade desse tempo...
anaelena, então é tempo de ir matar saudades :-)
Bjs
São
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